Emigrantes vão ter um monumento
A Junta de Freguesia de Meimão, de Penamacor, inaugura hoje o monumento ao emigrante, uma escultura de granito da autoria do escultor Eugénio Macedo, instalada no Largo de Santo António, no centro da aldeia.
Diário de Notícias
terça-feira, 24 de agosto de 2010
sábado, 21 de agosto de 2010
www.novaguarda.pt
SECÇÃO: Cultura
Inaugurada em Meimão
Eugénio Macedo criou escultura em homenagem ao emigrante
A freguesia de Meimão, no concelho de Penamacor, inaugurou sexta-feira, dia 13, uma obra em homenagem ao emigrante. A escultura, composta em granito e a aproveitar um poço ali existente para criar um efeito de fonte luminosa, foi talhada por Eugénio Macedo.
A obra foi encomendada pela Junta de freguesia local e inaugurada com a presença do presidente da Câmara Municipal de Penamacor. A cerimónia teve início com a bênção aos emigrantes, pelo padre César.
Segundo o autarca de Penamacor, Domingos Torrão, este monumento dedicado aos emigrantes tem a particularidade por ser único no Concelho.
Na cerimónia estiveram presentes várias individualidades daquele Concelho e da aldeia de Meimão. A festa foi animada pelo recém-criado grupo de Cantares de Meimão.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
ALFREDO BASTOS
O EMIGRANTE
Verdadeiro herói, aventureiro e humanista
O emigrante é como um elo de uma corrente que se solta.
Parte num sonho projectado de ilusões, numa busca de realização e melhor vida.
Lá longe, num mundo desconhecido e inóspito, de gente estranha e costumes diferentes, bem depressa lhe seca a alma, se apaga o fogo de vida e mergulha na tristeza.
Não vê passar um dia sem que se recorde do local de vivência que deixou para trás.
Quanto é duro ele ter de pensar: Será que um dia tornarei a ver os lugares que me viram nascer, e onde o meu coração abriu às primeiras palpitações da alegria, e do amor; Será que voltarei a por os pés no limiar do meu doce albergue, nem farei repousar a minha cinza na terra de meus pais; e que nenhum amigo derramará uma só lágrima sobre a minha sepultura ?!!!!!
Oh! Como é doloroso viver sempre entre vãs esperanças, sem casa fixa, carinho dos seus, nem terra, e errar de contínuo nos braços do acaso, e depender dos incertos poderes, dos caprichos da fortuna; ter de contar com a boa vontade e ajuda alheia dos outros. Oh! quanto é doloroso fugir ou despregar-se o homem da própria pátria, abandonar seus campos, partilhar longe uma fria e estéril ajuda, lembrar-se de uma Mãe idosa, de um Pai decrépito, de uma família desamparada.
Passados anos, depois de muita labuta, sacrifícios, necessidades, é glorioso ver o emigrante, com a cabeça cheia de cabelos brancos e as rugas de toda uma difícil luta, regressar feliz à sua aldeia, ao mundo e família que deixou e agora o abraça de saudades.
Hoje, ao comemorar-se a inauguração do Monumento ao Emigrante na aldeia de Meimão, será feita uma justa homenagem a todos aqueles que outrora e também presentemente, foram e são emigrantes.
Perante este soberbo monumento dedicado àqueles heróis emigrantes, ajoelhemos de admiração e superior respeito. O sonho comanda a vida.
Glória à actual Junta e Assembleia de Freguesia de Meimão e Presidência da Câmara Municipal de Penamacor. Glória ao sonho, ao ideal realizado com amor e persistência pelo dinâmico Meimãoense Francisco José Sapinho Amaro de Campos.
Glória aos antigos e aos actuais emigrantes da Freguesia do Meimão.
Permitam-me partilhar, com respeito e felicidade, com estas palavras, esta singela homenagem. Para terminar, recordo, por semelhança com a raiana Beira Baixa, uma adaptação ao “Cantar de Emigração”, da poetiza da Galiza, Rosalía de Castro:
“Este parte, aquele parte
E todos, todos se vão.
Meimão, ficas sem homens
Que possam cortar teu pão”.
Bem hajam.
Meimão, 13 de Agosto de 2010 ALFREDO BASTOS
Verdadeiro herói, aventureiro e humanista
O emigrante é como um elo de uma corrente que se solta.
Parte num sonho projectado de ilusões, numa busca de realização e melhor vida.
Lá longe, num mundo desconhecido e inóspito, de gente estranha e costumes diferentes, bem depressa lhe seca a alma, se apaga o fogo de vida e mergulha na tristeza.
Não vê passar um dia sem que se recorde do local de vivência que deixou para trás.
Quanto é duro ele ter de pensar: Será que um dia tornarei a ver os lugares que me viram nascer, e onde o meu coração abriu às primeiras palpitações da alegria, e do amor; Será que voltarei a por os pés no limiar do meu doce albergue, nem farei repousar a minha cinza na terra de meus pais; e que nenhum amigo derramará uma só lágrima sobre a minha sepultura ?!!!!!
Oh! Como é doloroso viver sempre entre vãs esperanças, sem casa fixa, carinho dos seus, nem terra, e errar de contínuo nos braços do acaso, e depender dos incertos poderes, dos caprichos da fortuna; ter de contar com a boa vontade e ajuda alheia dos outros. Oh! quanto é doloroso fugir ou despregar-se o homem da própria pátria, abandonar seus campos, partilhar longe uma fria e estéril ajuda, lembrar-se de uma Mãe idosa, de um Pai decrépito, de uma família desamparada.
Passados anos, depois de muita labuta, sacrifícios, necessidades, é glorioso ver o emigrante, com a cabeça cheia de cabelos brancos e as rugas de toda uma difícil luta, regressar feliz à sua aldeia, ao mundo e família que deixou e agora o abraça de saudades.
Hoje, ao comemorar-se a inauguração do Monumento ao Emigrante na aldeia de Meimão, será feita uma justa homenagem a todos aqueles que outrora e também presentemente, foram e são emigrantes.
Perante este soberbo monumento dedicado àqueles heróis emigrantes, ajoelhemos de admiração e superior respeito. O sonho comanda a vida.
Glória à actual Junta e Assembleia de Freguesia de Meimão e Presidência da Câmara Municipal de Penamacor. Glória ao sonho, ao ideal realizado com amor e persistência pelo dinâmico Meimãoense Francisco José Sapinho Amaro de Campos.
Glória aos antigos e aos actuais emigrantes da Freguesia do Meimão.
Permitam-me partilhar, com respeito e felicidade, com estas palavras, esta singela homenagem. Para terminar, recordo, por semelhança com a raiana Beira Baixa, uma adaptação ao “Cantar de Emigração”, da poetiza da Galiza, Rosalía de Castro:
“Este parte, aquele parte
E todos, todos se vão.
Meimão, ficas sem homens
Que possam cortar teu pão”.
Bem hajam.
Meimão, 13 de Agosto de 2010 ALFREDO BASTOS
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13 de Agosto de 2010 ALFREDO BASTOS,
Meimão
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
http://senhorapovoa01.com.sapo.pt/
Meimão – Escultura em homenagem ao emigrante e imigrante.
Foi inaugurada a obra em homenagem aos emigrantes e imigrantes naturais da freguesia do Meimão, no passado dia 3 de Outubro. O padre César foi o pároco de serviço que realizou a Missa Campal e abençoou a escultura.
A Serra de Malcata, o rio e o emigrante/imigrante encontram-se representados nesta escultura realizada pelo mestre Eugénio Macedo, que aproveitou e requalificou da melhor forma, um antigo poço existente no espaço onde a escultura foi erigida.
Esta escultura há muito tempo que vinha sendo pensada, mas “só mesmo no fim do mandato é que foi possível conclui-la”, referiu o Presidente da Junta de Freguesia do Meimão, Francisco Campos. “Uma das razões que me levaram a fazer este monumento, e que levaram a Junta de Freguesia a fazer este monumento foi deixar uma homenagem a todos os emigrantes, e também ao meu pai, pois também ele foi emigrante. E este monumento é para aqueles que nos visitam todos os anos pela altura do Verão, e para que não se esqueçam da terra que os viu nascer”, acrescentou o Presidente. Contudo, esta escultura também é dedicada a todos aqueles que “vão para fora cá dentro”, ou seja, aos que se encontram imigrados dentro do país. Com a ideia bem definida daquilo que queria ver representado nesta obra, e depois de ouvir falar muito, e bem, do escultor Eugénio Macedo, Francisco Campos contactou por via telefone o escultor e transmitiu-lhe a ideia que queria e passado dez minutos já tinha um e-mail do mesmo com o esboço da escultura pretendida. E, depois, foi por mãos à obra. “Ele (Eugénio Macedo) conseguiu ler os meus pensamentos, que foi homenagear os emigrantes, uma serra a jorrar água, uma fonte e tapar um poço. A obra está realmente muito bonita” acrescentou o Presidente da Junta.
A inauguração simbólica realizou-se no passado dia 3 de Outubro, contudo, só será inaugurada oficialmente em Agosto de 2010, com a presença de todos os emigrantes.
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Emigrantes vão ter um monumento
13 Agosto 2010
Eugénio Macedo
Escultor
A Junta de Freguesia de Meimão, de Penamacor, inaugura hoje o monumento ao emigrante, uma escultura de granito da autoria do escultor Eugénio Macedo, instalada no Largo de Santo António, no centro da aldeia. O monumento mostra a figura do emigrante e o brasão da aldeia e encontra-se no local há cerca de um ano. A junta optou por reservar a inauguração oficial para este mês, que coincide com o regresso dos naturais da freguesia para as férias de Verão
www.reconquista.pt Noticias do jornal reconquista 19 de Agosto
SECÇÃO: Raia
Aldeia do concelho de Penamacor presta tributo aos emigrantes
Os que partiram homenageados pelos que ficaram
O Meimão inaugurou o monumento ao emigrante, numa altura em que a aldeia ganha vida com o regresso dos filhos da terra.
Por: José Furtado
19 de Agosto de 2010 às 14:49h
O monumento já lá estava há alguns meses, mas a inauguração aconteceu no momento certo. A Junta de Freguesia de Meimão aproveitou o regresso dos emigrantes à aldeia para homenagear os que partiram e voltam sempre que Agosto entra no calendário.
Arménio Pires é apenas um dos que tem uma história de vida marcada pela emigração. Nascido há 53 anos na aldeia, partiu para França com 26 anos, atrás da mulher com quem casou e que já vivia em terras gaulesas. Tinha trabalho em Portugal, mas em França era outra coisa. “As condições lá eram melhores do que aqui”, recorda na aldeia natal, onde passa quatro a cinco semanas por ano na altura do Verão.
Arménio Pires faz questão de vir todos os anos à aldeia, mas nem isso atenua o facto de em 28 anos só ter passado uma vez o Natal no Meimão. “Por trás da palavra emigrante há a palavra saudade”, afirma o emigrante, que diz ter tido sorte com as filhas – de 26 e 23 anos – que todos os anos o incentivam a regressar às origens. A simples perspectiva de isso não acontecer é motivo de choro para as duas jovens que nasceram e viveram sempre em França.
O monumento da autoria de Eugénio Macedo foi inaugurado na última sexta-feira e mostra o mundo junto a um homem de chapéu na cabeça e mala, como que pronto para partir. Foi o que fizeram e continuam a fazer muitos dos que nasceram no Meimão ao longo das últimas décadas.
“É sempre com alguma mágoa que vemos os nossos jovens partirem à procura de melhores condições de vida noutras paragens. É uma realidade que não se pode esconder e por enquanto penso que ninguém tem a solução para que os jovens permaneçam mais tempo nas suas aldeias de origem”, afirmou o presidente da Junta de Freguesia de Meimão na inauguração. Francisco Campos recordou os que partiram sem nada e hoje são um exemplo de vida para a aldeia.
Presidente emocionado
A homenagem feita em Meimão também foi especial para um emigrante regressado há muito a Portugal. Domingos Torrão, o presidente da Câmara Municipal de Penamacor, confessou-se emocionado com o momento, recordando que antes do 25 de Abril de 1974 também passou a fronteira a salto, como muitos da geração marcada pela Guerra Colonial. O autarca afirmou que foi nessa altura que se começou a aperceber do difícil que era para gente que não sabia ler nem escrever conseguir vencer fora de portas.
Domingos Torrão entende também que é preciso dar atenção aos que foram para outras zonas do país e que podem regressar às terras de origem. “Se há coisa que nós precisamos é de pessoas. A qualidade de vida está aqui, não tenham dúvidas absolutamente nenhumas”.
Ironia do destino, a obra criada para os emigrantes que partiram do Meimão foi erguida com a ajuda de um imigrante ucraniano. Pela homenagem o presidente da junta de freguesia só deixa um pedido: “não se esqueçam da terra que vos viu nascer”.
www.reconquista.pt
Arquivo: Edição de 12-08-2010
SECÇÃO: Raia
Esta sexta-feira
O monumento é da autoria de Eugénio Macedo
Meimão inaugura monumento ao emigrante
12 de Agosto de 2010 às 14:48h
A Junta de Freguesia de Meimão vai homenagear os emigrantes com a inauguração de um monumento no centro da aldeia. A obra da autoria do escultor Eugénio Macedo é inaugurada esta sexta-feira, dia 13, pelas 18 horas.
O monumento em granito fica no Largo de Santo António, no centro da aldeia, representando a figura do emigrante e o brasão da freguesia. A escultura encontra-se no local há cerca de um ano, mas a Junta de Freguesia de Meimão optou por reservar a inauguração oficial para este mês, que coincide com o regresso dos naturais da freguesia para as férias de Verão.
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